quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Tese

Nestes meus poucos anos de existência, tenho vindo a comprovar que tenho uma pontaria de mestre para escolher indivíduos do sexo oposto.
Tudo começou na primária. Andava sempre entre o R. e o J., duas semanas um, uma semana o outro, respectivamente. Até que um dia, no parque, o R. me fez cair abaixo do baloiço e eu pisei uma perna. Fiquei chateada com ele e nesse mês namorei não duas, mas uma semana com ele. Dando assim a hipótese da vida do J. Andamos muito tempo nisto e, entretanto, a primária acabou. Vi, recentemente, o J. e o R. O R. de certeza que é gay, ou então tem tendências para tal (nada contra, simplesmente é frustrante ter andado tanto tempo atrás dele), e o J. continua com a cara de menino da primária.
No sexto ano voltei a ficar fascinada por um rapaz. Liguei sempre muito ao sorriso, e o C. conquistava qualquer sempre que sorria. Durou pouco o namorico porque ele foi enviado pelos avós para um colégio interno por andar na droga.
No oitavo ano, numa visita de estudo, conheci um rapaz a jogar cartas. A partir daí conhecemos-nos e fomos ficando cada vez mais próximos até que virou namoro. Até agora, mesmo com todos os problemas que tivemos, foi o que durou mais tempo... 8 meses (sim, é que eu tenho uma grande dificuldade em manter relacionamentos). Quando acabou estive uns tempos sem o ver, até que um amigo em comum me disse que ele agora passa o dia sentado no café a beber cerveja e a comer tremoços.
No nono ano conheci o rapaz que provavelmente me deu mais dores de cabeça em toda a minha vida. Era uma mistura explosiva de gostar e obsessão.  Apesar de todos os avisos que tive não quis saber e no fim dei-me mal. Psicopata, é a melhor palavra de definir aquela pessoa.
No décimo primeiro, ou seja, este ano, conheci o melhor rapaz que alguém poderia ter, o P. Não namoramos, é uma amizade muito especial. Recentemente conheci outro rapaz, por ironia do destino também chamado P., que é parecido com o primeiro P. física e psicologicamente. Inevitavelmente chamou-me a atenção. Fiquei a saber ontem que este ultimo P. namora à dois anos com uma rapariga. Independentemente se o namoro está prestes a acabar ou não, namora.
Agora, depois de pensar e repensar, concluo que sempre andei divida entre dois rapazes, e acabava por escolher sempre o pior.
Não sei como vai acabar estes dois últimos, mas espero que, caso fique com algum e o relacionamento acabe, não vire gay, nem drogado, nem que passe a sua vida sentado num café e muito menos que exponha a sua vertente desequilibrada.  Porque aí iria pensar que o problema era de facto meu, e isso seria um grande problema. 

2 comentários:

Akkot disse...

este é o texto sobre amor mais cómico que eu ja li em toda a minha existência xD

Dani disse...

@Akkot, infelizmente tudo o que está aí escrito é verdade. Não merecia tal coisa, é verdade, mas consegui sempre ultrapassar tudo. E desta vez não será diferente :)